quinta-feira, 6 de março de 2014

História em quadrinhos 

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As legendas de Juca e Chico (Max und Moritz), do alemão Wilhelm Busch, eram …
 
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Este é o Menino Amarelo, personagem da série Hogan’s Alley, do artista …
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O desenhista brasileiro Maurício de Sousa mostra a crianças uma pintura com …
J. Freitas/ABr (http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/legalcode)
 
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Walt Disney ao lado de uma imagem de Mickey Mouse, uma de suas criações mais famosas.
Alfred Eisenstaedt—Time Life Pictures/Getty Images
 
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Além do Menino Maluquinho, Ziraldo também criou outros personagens famosos, como os …
Jose Cruz/ABr (http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/legalcode)
 
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O mangá é um tipo de história em quadrinhos, criado no Japão, que tem …
liquidlibrary/Thinkstock

As histórias em quadrinhos (HQs) são um tipo de arte feita por artistas com talento muito especial, pois misturam texto e desenho de maneira única. A diversidade de formatos, de histórias e de personagens das HQs é enorme. As bancas de revistas refletem bem essa realidade, pois é nelas que podemos encontrar todo tipo de publicações com histórias em quadrinhos, de vários lugares de mundo.
Há bastante diferença entre uma história em quadrinhos e uma tira de quadrinhos. A história geralmente é mais complexa e elaborada, sendo publicada em revistas ou livros. Quando a HQ é mais elaborada, com desenhos mais artísticos e texto mais abrangente, costuma-se chamá-la pelo nome inglês graphic novel (expressão que, traduzida literalmente para o português, seria “romance gráfico”). Já a tira de quadrinhos é mais simples, consistindo numa sequência simples de poucos quadrinhos (geralmente cinco, no máximo), um ao lado do outro. Raramente constitui uma história completa, sendo quase sempre uma piada contada em poucos quadros. O autor tem de ser bem sintético, para conseguir o máximo de conteúdo em pouco espaço, enquanto na HQ o artista pode se estender indefinidamente, a critério da editora que a publica. Quase sempre a tira é publicada apenas em jornais.

História

Há quem diga que as histórias em quadrinhos surgiram há milênios, mas não com esse nome, naturalmente.
No Egito antigo, há cerca de 3 mil anos, as pessoas faziam muitos desenhos, às vezes em sequência, contando uma história. O povo maia, da América Central e do México, desenhava histórias em longas tiras de papel e até em tapetes. A mesma coisa faziam franceses e ingleses da Idade Média, em tapeçarias. Em igrejas antigas, os vitrais funcionavam como histórias em quadrinhos de passagens da Bíblia. Na Inglaterra, por volta do ano de 1600, sequências de ilustrações narravam acontecimentos reais e tinham como principal tema execuções de criminosos. Mas ainda demorou bastante para se tornarem as histórias em quadrinhos como as conhecemos hoje. Em nenhuma dessas maneiras de contar histórias por meio de imagens havia os balões de diálogos ou de pensamentos que existem hoje nas HQs.
Há controvérsias sobre qual teria sido a primeira HQ publicada em material impresso. Alguns estudiosos indicam o artista suíço Rudolph Vieux, que em 1827 publicou uma curta história chamada “O senhor Madeira-Velha” (“M. Vieux-Bois”, no original). Os quadrinhos estavam dispostos um lado do outro, com legendas contando a história abaixo de cada um deles. Em seguida veio Juca e Chico (Max und Moritz), do alemão Wilhelm Busch, em 1865, cujas legendas eram traduzidas no Brasil pelo poeta Olavo Bilac. Geralmente esta é considerada a primeira HQ, por ter características mais modernas, como a maior extensão e o fato de ter constituído uma série.
Já nessa época apareceu na imprensa o trabalho pioneiro das histórias em quadrinhos no Brasil. Em 1867, o artista Ângelo Agostini, nascido na Itália, publicou a história “As cobranças” e várias outras na revista O Cabrião, de São Paulo. Como seus precursores, Agostini colocava legendas abaixo de cada quadrinho para contar a história. Em 1869, começou a trabalhar com um personagem fixo em várias histórias, com o nome de As aventuras de Nhô Quim. Depois criou o personagem Zé Caipora, cujas aventuras desenhou até 1906.
A primeira história em quadrinhos a trazer balões para exprimir o que os personagens diziam foi O Menino Amarelo (Yellow Kid), publicada em 1895, em Nova York, da autoria de Richard Fenton Outcault.
Por volta do fim do século XIX, as revistas começaram a se popularizar como meio de comunicação e informação. No início, além dos textos elas traziam caricaturas e charges. Logo se popularizaram as tiras de quadrinhos. E, na década de 1930, surgiram as histórias em quadrinhos americanas que traziam como personagem principal um super-herói. Apareceram personagens importantes como o Super-Homem, Batman, o Capitão América e outros, e assim as revistas de histórias em quadrinhos se tornaram importantes no mercado editorial. Personagens de Walt Disney, como Mickey e Donald, que se tornavam populares nos desenhos animados e nas tiras publicadas em jornais, também ganharam revistas de grande vendagem com as histórias de suas aventuras em quadrinhos.
Atualmente existem muitos profissionais envolvidos na produção de histórias em quadrinhos. No Brasil, as HQs de maior sucesso produzidas são as da Turma da Mônica. No início, Maurício de Sousa, o autor dos desenhos, fazia tudo sozinho, mas aos poucos seu trabalho alcançou tamanha receptividade e tanta demanda que já não conseguia trabalhar sozinho. Hoje, conta com equipes de desenhistas que fazem os quadrinhos da Turma da Mônica no estilo do próprio Maurício. Fenômeno semelhante aconteceu com o personagem Menino Maluquinho e sua turma, criações do cartunista Ziraldo, que tanto chegaram a ser publicados em tiras de jornais como apareceram em histórias completas em revistas e livros.
Do outro lado do mundo, no Japão, um outro tipo de histórias em quadrinhos foi criado, o mangá. Os desenhos têm traços bastante específicos, fáceis de reconhecer, com olhos grandes e cabelos esvoaçantes. Os desenhos têm muitos detalhes, apesar de a maioria das revistas em quadrinhos ser em preto e branco.

Balões

Um dos fatores que caracterizou as histórias em quadrinhos foi o surgimento dos balões para indicar o que os personagens diziam ou pensavam. Esses balões são espaços irregulares, como se fossem recortes com palavras, sobrepostos às imagens desenhadas.
Depois do surgimento de O Menino Amarelo, a primeira série a fazer uso extensivo de balões nas histórias em quadrinhos foi Os sobrinhos do capitão, em 1897, do americano Rudolph Dirks, com desenhos de H. H. Knerr.
Há vários tipos de balão nas HQs. O balão que se liga por uma série de pequenas bolas ou ovais em branco à imagem do personagem indica que ele está pensando. Desse modo, ao lermos uma história em quadrinhos, quando um personagem tem um balão desses sobre a cabeça, é como se estivéssemos lendo, literalmente, o seu pensamento.
Quando o balão tem uma pontinha desenhada na direção do personagem (em geral voltada para a boca dele), significa que esse personagem está falando o que aparece escrito no balão. Quando o balão é cheio de pontas, alguém na história deve estar gritando.
Existem ainda retângulos com dizeres no alto de alguns quadrinhos. Eles são chamados de retrancas e indicam a passagem de algum período de tempo ou fornecem uma informação adicional sobre o enredo. 

Fonte: http://escola.britannica.com.br

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